"Na prática, não se pode continuar a encarar a vida da mesma forma, como se fazia à 50 anos atrás, as necessidades mudaram, as formas de se obter, seja o que for, mudou, tudo que nos rodeia mudou."
Dramático, não?
Primeiro:
Na indicação de tempo transcorrido (passado), devemos usar o verbo haver e não a preposição "a", que indica futuro ou distância física.
Percebam que, para complicar ainda mais, o redator acrescentou o acento grave indicativo de crase (à 50 anos atrás). Vamos cortar tudo.
Corrigindo:
"Na prática, não se pode continuar a encarar a vida da mesma forma, como se fazia à 50 anos atrás, as necessidades mudaram, as formas de se obter, seja o que for, mudou, tudo que nos rodeia mudou."
Agora:
"Na prática, não se pode continuar a encarar a vida da mesma forma, como se fazia há 50 anos atrás, as necessidades mudaram, as formas de se obter, seja o que for, mudou, tudo que nos rodeia mudou."
Melhorou; porém, temos uma palavrinha sobrando.
Você se lembra do pleonasmo HÁ/ATRÁS? Não há necessidade alguma de usarmos as duas ao mesmo tempo. Então...
"Na prática, não se pode continuar a encarar a vida da mesma forma, como se fazia 50 anos atrás, as necessidades mudaram, as formas de se obter, seja o que for, mudou, tudo que nos rodeia mudou."
Ou:
"Na prática, não se pode continuar a encarar a vida da mesma forma, como se fazia há 50 anos, as necessidades mudaram, as formas de se obter, seja o que for, mudou, tudo que nos rodeia mudou."