segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Deslize ou deslise?

"O rapaz cometeu um deslise imperdoável com a futura sogra."

Quem comete um "deslise" não pode ser perdoado, pois esta palavra escrita com s é inadequada ao sentido da frase.

Observe:

deslise (verbo) – 1ª e 3ª pessoas do singular do PRESENTE do subjuntivo do verbo deslisar (tornar liso, plano).

deslize (substantivo) – desvio do bom caminho, falha, falta, quebra do bom procedimento.

Frase correta: 

"O rapaz cometeu um deslize imperdoável com a futura sogra."

terça-feira, 24 de novembro de 2015

O estilo é simples e conciso.

"Aprenda mais também sobre como eu comecei minha jornada de Empreendedor Digital."

Você percebeu?

também tá sobrando.

Vamos ser concisos e meter a faca:

"Aprenda mais também sobre como eu comecei minha jornada de Empreendedor Digital."

"Aprenda mais sobre como eu comecei minha jornada de Empreendedor Digital."

Pronto!

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

De menor/menor de

A história se repete. É o famigerado DE MENOR.

Parece ser caso simples, mas muita gente continua usando a expressão DE MENOR:

"Ele é ainda de menor."

Se falamos de menor, então podemos falar também de maior, de grande e de pequeno.

Se você quer indicar menoridade ou maioridade, deve dizer o menor [de idade] ou o maior [de idade]:

"Menor de idade retorna ao lar."

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Com G ou com J?

Alguém pisa na bola e escreve:
"Ele caiu da lage."
Curto e grosso: usamos "j" nas palavras terminadas em aje:

traje, ultraja, laje.

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Quando ocorre a letra J

Mediante as formas verbais terminadas em -jar:
Exemplos: 

relampejar
viajar
trovejar
enferrujar
esbravejar...


Nas palavras de origem tupi, africana, árabe ou ainda, exóticas:
Exemplos: 

canjica
manjericão
jiboia 
jerico...


Nas palavras que derivam de outras também grafadas com “j”.
Exemplos: 

cerveja – cervejaria 
laranja – laranjeira 
loja – lojista, lojinha...
jumento
jeito
majestade 
jiló 
laje
hoje...

terça-feira, 29 de setembro de 2015

O ONDE se refere a lugar

"Vamos examinar primeiro três profissões onde as parcerias estão firmemente entranhadas."
O uso inadequando do pronome relativo onde é mais do que comum. Onde nos remete à ideia de lugar, espaço físico. E "três profissões" não é um lugar. Socou?

Melhor seria:


"Vamos examinar primeiro três profissões em que as parcerias estão firmemente entranhadas."

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Crase

Ele vai à festas.

Tem crase ou não tem?

Não tem.

O correto é: Ele vai a festas.

Para que houvesse, precisaríamos ter a (preposição) + a (artigo) = às. No caso acima temos apenas preposição.

Aí você me pergunta: "Mas como você sabe que não há artigo?"

Simples!

Se tivéssemos artigo, necessariamente ele deveria ficar no plural concordando com FESTAS (a festa, as festas).

Vamos pôr o artigo?

Ele vai às festas.

Agora tem crase (Ele vai a + as festas).


A diferença é que, em "Ele vai a festas", "festas" está em sentido genérico. Festas (quaisquer festas).

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Acentuação: oxítonas e paroxítonas

Em publicação anterior disse que a regra de acentuação das paroxítonas é uma consequência da regra de acentuação das oxítonas. Como isso acontece? Assim:

As oxítonas terminadas em A, E, O, EM e ENS levam acento. Em decorrência disso, as paroxítonas com as mesmas terminações (A, E, O, EM e ENS) não são acentuadas. 

Pegou?

Observe:

Hífen é uma paroxítona terminada em N e, por isso, leva acento. Porém, quanto vai para o plural (hifens), ela perde o acento. Lembra que as oxítonas terminadas em ENS (parabéns) levam acento? Então, se as oxítonas terminadas em ENS levam acento, as paroxítonas terminadas em ENS não levam.

Da mesma forma ITEM e ITENS não levam acento.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Verbo subentendido

O normal seria um escrever a música e o outro escrever a letra.
 Qual é nosso papel? Passar a faca. Ser conciso, em termos práticos, nada mais é que descartar aquilo que está sobrando na oração.

Percebam que na frase acima, o verbo ESCREVER se repete e deixa a frase pesada, gorda e pouco criativa.

O normal seria um escrever a música e o outro escrever a letra.
Apresento agora duas forma simples e práticas de suprimir o verbo repetido:

1 - Usar uma vírgula no lugar do verbo omitido:

O normal seria um escrever a música e o outro, a letra.
2 - Usar uma vírgula no lugar do verbo omitido e o ponto-e-vírgula no lugar do E:

O normal seria um escrever a música; o outro, a letra.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Redundância: começar/a partir de

As aulas começarão a partir de maio.
Melhor seria:

As aulas começarão em maio.
Começar e a partir de são equivalentes, ou seja, se usa um ou outro.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Concisão

"Aprenda mais também sobre como eu comecei minha jornada de Empreendedor Digital."
Você percebeu?
O também tá sobrando.
Vamos ser concisos e meter a faca:
"Aprenda mais também sobre como eu comecei minha jornada de Empreendedor Digital."
"Aprenda mais sobre como eu comecei minha jornada de Empreendedor Digital."
Pronto!

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Saiba como reivindicar

Se você pretende REINVIDICAR alguma coisa, comece pela educação.
O correto é: REIVINDICAR.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Fato verídico

Uma notícia pode ser falsa ou mentirosa, mas fato é fato.
Fato é algo real.

Então não precisamos dizer:

Fato ocorrido
Fato concreto
Fato real
Fato verídico
Fato acontecido
Xô, Pleonasmo!

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Uso da vírgula com a conjunção MAS

A obrigatoriedade da vírgula só existe quando ela liga orações de um mesmo período:

Ele falou muito, mas não disse nada.

Saiu cedo, mas chegou tarde.

Come muito, mas não engorda.
 
A vírgula, porém, é facultativa quando esse “mas”, localizado no meio do período, tem valor aditivo (equivale a “e”):

Não só o pai mas também o filho viajaram.

Não só o pai, mas também o filho viajaram. 

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Senão ou Se não?

Se não chover, iremos à praia.
Poderíamos dizer que a coisa encasquetou. É "senão" junto ou separado?

"Elementar,Watson!", Diria Holmes.

Para pormos termo ao caso, vou deixar dois macetes.

Usaremos o "se não" separado quando:

1 - For possível substituir o "se" por "caso".

Ex.: Caso não chover, iremos à praia.

2 - o "não" puder ser extraída da frase, alterando seu sentido, mas sem gerar erro.

Ex.: Se chover, iremos à praia.

Pronto! Agora tente fazer a mesma coisa com o "senão" junto.

Ex.: Estude muito, senão será reprovado.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Risco de vida ou risco de morte?

Uma coisa básica:

A língua não é estática e sua evolução é incessante.

Palavras e expressões bem frequentes nos nossos dias amanhã podem desaparecer na poeira.

Sempre que duas formas estão em conflito, uma acaba vencendo a batalha e caindo no consenso.

Digo isto para explicar o que atualmente acontece com as formas "RISCO DE VIDA" e "RISCO DE MORTE".

Digo a você que "risco de vida" é a forma consagrada que nos acompanha há muitos e muitos anos.

Ela significa pôr a vida em risco.

Risco de (perder a) vida. (veja a elipse) 

Porém, "risco de morte" chegou com direito a tapete vermelho e muito frisson por parte da mídia. É a nova queridinha das redações. Modismo.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

O mesmo/a mesma

Quer escrever com clareza e elegância?
Não use MESMO como fórmula mágica de suas redações. Você não pode melhorar a redação substituindo o pronome por MESMO. Só há uma saída para a mesma, digo, ela: xô!

a) “O réu foi até à vítima e falou com a mesma” (errado);
b) Consultou tais autores, e os mesmos lhe indicaram a adequada solução” (errado).

Assim fica melhor:

a) “O réu foi até à vítima e falou com ela”;

b) Consultou tais autores, e estes lhe indicaram a adequada solução”.

Convém mencionar que a MESMA é a queridinha da linguagem forense e do jargão cartorário. Coisa do burocratês.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Isar/izar

A primeira dica é que não temos o sufixo ISAR, mas sim IZAR.
Exorcismo - exorcizar
Harmonia - harmonizar
Urbano - urbanizar
Para que tenhamos a terminação ISAR é preciso que o "s" faça parte do radical.

Análise - analisar
Aviso - avisar
Paralisia - paralisar
Basta que AR se junte ao "s" do radical, como você pôde ver.

Aí você me pergunta "Como então a palavra CATEQUESE apresenta "s" no radical, mas CATEQUIZAR se escreve com IZAR?"

Como disse anteriormente, AR deve se colar diretamente ao "s" do radical.

Se assim o fosse, teríamos CATEQUESE + AR (CATEQUESAR).

Contudo, o verbo que conhecemos é CATEQUIZAR.

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Uso do onde

"Um contrato onde uma ou mais pessoas..."

Os equívocos não param em torno do ONDE.

ONDE refere-se a lugar (espaço físico), e contrato não é um lugar.

Assim fica melhor:

"Um contrato em que uma ou mais pessoas..."

Ou:

"Um contrato no qual uma ou mais pessoas..."

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Ídolo/ídola

É muito fácil dizer que "Raul é meu ídolo". Mas dizer que "Maria Rita é minha ídola" é complicado.

 Vamos sair desse embaraço? 

Maria Rita é meu ídolo.

 Ídolo possui apenas um gênero.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Regência do verbo visar

João visa ao emprego.

Ana visa à viagem.

Lúcia visou o cheque.

Você viu?

O verbo VISAR tem duas regências. Ele pode ser transitivo direto ou indireto.

Visar (no sentido de desejar, aspirar, almejar) é transitivo indireto.

João visa ao (= a + o) emprego.

Ana visa à (= a + a) viagem.

Visar (no sentido de dar visto, assinar, rubricar ou mirar) é transitivo direto.

Lúcia visou o cheque.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Lição de Mandela - A melhor vingança

POR Dad Squarisi

Dizem que Deus só tem um vício. É perdoar. O verbo é tortuoso, mas conjugá-lo compensa. Faz bem. A pessoa que o flexiona obtém o lucro substantivo. Deixa de cultivar no próprio corpo o mal que pensa prejudicar o outro. O ressentimento, que envenena, morre de inanição. Percebeu? Perdoar é a melhor vingança.


A reforma ortográfica pegou o trissílabo de carona. Ao cassar o acento do hiato oo, deu-lhe mais leveza e rapidez. Beneficiou também os demais verbos terminados em -oar. É o caso de doar, coroar e abençoar. Agora é assim: perdoo (doo, coroo, abençoo), perdoa (doa, coroa, abençoa), perdoamos (doamos, coroamos, abençoamos), perdoam (doam, coroam, abençoam); que eu perdoe (doe, coroe, abençoe), ele perdoe (doe, coroe, abençoe), perdoemos (doemos, coroemos, abençoemos), perdoem (doem, coroem, abençoem). E por aí vai.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Há/atrás

No G1:

"Então, há muitos anos atrás, nós trouxemos um equipamento, lançamos esse equipamento no mercado e ele tem tido muito sucesso desde então”, diz o empresário."

Deu para perceber que há palavra sobrando?

Não?

Na indicação de tempo passado, transcorrido, "há" e "atrás" são equivalentes. Assim, usamos um ou outro. Xô, prolixidade!

"Então, há muitos anos, nós trouxemos um equipamento, lançamos esse equipamento no mercado e ele tem tido muito sucesso desde então”, diz o empresário."

"Então, muitos anos atrás, nós trouxemos um equipamento, lançamos esse equipamento no mercado e ele tem tido muito sucesso desde então”, diz o empresário."

Você escolhe o que melhor se enquadra em cada caso.

terça-feira, 7 de julho de 2015

Haver/reaver

"Carlos reaviu seu dinheiro."

"Quando ele a reaviu?"

Esta pegadinha é famosa. Cuidado!

As pessoas pensam que REAVER é parente de VER. Ledo engano.

Porém, REAVER é derivado do verbo HAVER e segue mesma conjugação.

"Carlos reouve seu dinheiro."

Agora, sim, Carlos estar com seu dinheiro no bolso.

REAVER significa haver de novo, no sentido de ter de volta.

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Além de/também

Vou passar para vocês duas regras de uso do hífen e uma dica quentíssima para você melhorar seu texto.
1) Emprega-se o hífen quando, após a preposição, aparecer a mesma letra ou H.

Ex.: Sobre-humano, anti-inflamatório.

2) No prefixo CIRCUM, além da situação prevista na regra geral (mesma letra ou H), vindo B, N, P ou VOGAL, também se usa hífen.

Ex.: Circum-navegação.

Gostaram? Agora vou passar a dica.

Na segunda regra de uso do hífen dada acima, há palavra sobrando. Fez a segunda leitura? Encontrou a palavra?

"Além" e "também" são palavras equivalentes e, assim, se usa uma ou outra. Usar as duas é redundância.
Ex.:

Além do relator, três senadores também se manifestaram a favor da proposta.
Além do relator, três senadores se manifestaram a favor da proposta.

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Concordância: os Estados Unidos

"Os Estados Unidos São uma potência mundial."

Aqui o pequeno dá as cartas. É ele que define a partida. Estou falando do artigo. O verbo vai concordar sempre com ele:

"Obama disse o seguinte sobre sua avó Toot: 'Ela me ajudou a entender que os Estados Unidos são grandes não por serem perfeitos, mas porque sempre podem ser melhorados.'"

terça-feira, 23 de junho de 2015

Aterrissagem ou aterrisagem?

Certo dia abro uma dessas revistas eletrônicas e de cara deparo-me com a manchete:

"Os riscos de uma aterrisagem forçada da economia chinesa.."

Perceberam o problema?


As formas corretas são
"aterrissar", "aterrissagem", com dois SS. Esta palavra deriva-se do vocábulo francês "aterrissage". 

Veja os exemplos:
O avião aterrissou ontem à noite.

O piloto fez uma aterrissagem muito brusca.

terça-feira, 9 de junho de 2015

Adjunto ou complemento?

A venda de mantimentos vai bem.

de mantimentos é adjunto adnominal ou complemento nominal?

O substantivo venda está relacionado com o verbo vender.

Como sabemos, vender pede complemento ( quem vende, vende alguma coisa).

Venda também pede complemento (venda do quê?).

Então:

Vender suprimentos (verbo + complemento verbal).

Venda de suprimentos (nome + complemento nominal).

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Caranguejo ou carangueijo?

"Temos carangueijo."

Isso acontece!

Há pessoas que servem em bandeija.

O correto seria servir o CARANGUEJO na BANDEJA.

terça-feira, 2 de junho de 2015

Está ou estar?


Essa dica vai para meu amigo Bira.
O macete que a maioria das pessoas se apoia para definir a forma verbal adequada parte do seguinte princípio:

o infinitivo pode ser substituído por outro infinitivo; a forma flexionada (está), não.
Ex.:

"João está ou estar cansado"?
Vamos tentar substituir por uma forma infinitiva:

João ficar cansado.
Parece estranho, não? Se não dá para fazer a substituição, logo a forma adequada é ESTÁ:

João está cansado.
"Ele pode estar ou está certo"? (Ele pode ficar certo)
A substituição é possível, logo: 


"Ele pode estar certo."

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Ortografia: ES/ÊSA

Quer pegar de um só golpe as palavras que se escrevem com ESA e ÊS?
Você conseguir completar a frase "ELA" É ou "ELE É" a palavra será sempre com S.

Ela é burguesa, ela é francesa, ela é despesa.
Ele é inglês, ele é cortês, ele é pedrês.
Estes são alguns exemplos. Em casa você pode acrescentar mais casos à lista.