sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Há ou a?

"Na prática, não se pode continuar a encarar a vida da mesma forma, como se fazia à 50 anos atrás, as necessidades mudaram, as formas de se obter, seja o que for, mudou, tudo que nos rodeia mudou."

Dramático, não?

Primeiro:

Na indicação de tempo transcorrido (passado), devemos usar o verbo haver e não a preposição "a", que indica futuro ou distância física.

Percebam que, para complicar ainda mais, o redator acrescentou o acento grave indicativo de crase (à 50 anos atrás). Vamos cortar tudo.

Corrigindo:

"Na prática, não se pode continuar a encarar a vida da mesma forma, como se fazia à 50 anos atrás, as necessidades mudaram, as formas de se obter, seja o que for, mudou, tudo que nos rodeia mudou."

Agora:

"Na prática, não se pode continuar a encarar a vida da mesma forma, como se fazia 50 anos atrás, as necessidades mudaram, as formas de se obter, seja o que for, mudou, tudo que nos rodeia mudou."

Melhorou; porém, temos uma palavrinha sobrando.

Você se lembra do pleonasmo HÁ/ATRÁS? Não há necessidade alguma de usarmos as duas ao mesmo tempo. Então...

 "Na prática, não se pode continuar a encarar a vida da mesma forma, como se fazia 50 anos atrás, as necessidades mudaram, as formas de se obter, seja o que for, mudou, tudo que nos rodeia mudou."

Ou:

"Na prática, não se pode continuar a encarar a vida da mesma forma, como se fazia 50 anos, as necessidades mudaram, as formas de se obter, seja o que for, mudou, tudo que nos rodeia mudou."


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